Fala Jota Silva – A política jataubense passada a limpo

Em um cenário de indefinições a política de Jataúba continua pegando fogo nos seus bastidores, reuniões secretas, adesões, dissidências e muita fumaça tem sido a tônica dos principais grupos do município já que até o momento existem três que poderão disputar as eleições do ano que vem. E como diz o ditado que onde tem fumaça tem fogo, a expectativa é que muita coisa poderá acontecer até o fim do ano na capital da calcinha e da cueca.

E por falar em calcinha e cueca esse trocadilho tem levado os principais agentes políticos no município a queimar os neurônios uma vez que com as mudanças na legislação eleitoral e principalmente com o fim das coligações, os grupos precisam de nomes de peso e uma boa estratégia para conseguir o maior número de cadeiras possíveis na câmara de vereadores e preencher a cota feminina com os 30% que exige a legislação tem dado uma tremenda dor de cabeça para muita gente.

Devagar, devagarinho
Assim tem sido a tática do grupo denominado terceira via comandado pelo empresário Boy, assim como aconteceu nas eleições de 2018 o grupo tem feito um trabalho de formiguinha e devagar, devagarinho vem conquistando adeptos a cada dia. O grupo vem se fortalecendo em todos os aspectos e certamente virá como uma avalanche nas eleições do ano que vem. Bem ao estilo mineiro o grupo veio comendo pelas beiradas e em 2018 fez os seus candidatos majoritários o que aumentou a confiança de correligionários para um possível trinfo em 2020 o que seria um grande feito já que derrubaria o reinado do atual prefeito que junto com o seu grupo comanda o município há mais de 20 anos ininterruptos.

Há uma grande expectativa de quando se definirá o nome que disputará as eleições pelo grupo já que até o momento a única coisa que se sabe é que o grupo terá um candidato, com a redução do tempo de campanha de 45 para 35 dias espera-se que antes mesmo das convenções esse nome seja definido e comece a ser trabalhado, os critérios ainda não foram divulgados, no entanto, comenta-se que será alguém da extrema confiança do empresário Boy não estando descartado o seu próprio nome já que há um clamor da população para que o mesmo seja candidato.
Dor de cabeça
Informações dão conta de que o prefeito Antônio de Roque está com uma tremenda dor de cabeça no sentido figurado, é que à medida que vai se aproximando o pleito de 2020 o gestor precisa tomar algumas decisões importantes e apesar de o mesmo dizer que ainda não é o momento, aliados parecem querer apressar o processo. Segundo informações alguns nomes importantes do grupo do prefeito, tem de forma indireta tentado fazer com que o mesmo indique quem será o seu preferido para sucessão no ano que vem para que possam definir os seus destinos.

Habilidoso, Roque tem conseguido até então manter o mistério, porém, não vai conseguir por muito tempo e ao que tudo indica esse processo que em outras campanhas aconteceu de forma natural, não terá o mesmo desfecho dessa vez e o prefeito terá que consultar o grupo para chegar em um consenso já que perder mais aliados nesse momento não seria um bom negócio para o grupo. Informações dão conta que pessoas que pretendem disputar as eleições no ano que vem estipularam um prazo para que as definições aconteçam, como diz o jargão “Tá pegando fogo”.

Sem saída
Essa a situação que está ficando o líder político Fábio Mamão, com a proximidade das eleições o prazo de validade da tática adotada por Mamão está se vencendo e o mesmo está ficando sem saída. Diante do quadro político que se apresenta no município Mamão terá que tomar uma decisão rápida ou pelo menos anunciar a posição que já tomou. Fragilizado nas eleições de 2018 o vaqueiro como é carinhosamente conhecido não tem musculatura política para disputar a prefeitura em 2020 em um grupo independente e a única forma de se manter vivo é se aliando a um dos dois grupos em evidência hoje.

Firme em suas posições Mamão vive um verdadeiro dilema já que tem compromissos firmados com os deputados Diogo Moraes e Wolney Queiroz e diante disso está entre a cruz e a espada. Em 2016 Mamão obteve mais de 5 mil votos para prefeito e todo mundo dava como certo a sua candidatura a prefeito mais uma vez em 2020, porém, a perca de vários aliados fizeram o líder político ter uma derrocada e em 2018 o mesmo só conseguiu dá aos seus deputados pouco mais de 1 mil e 300 votos deixando Mamão em uma situação delicada politicamente falando.

Diante dos fatos a política jataubense continua indefinida e em meio a essa indefinição o surgimento de um grupo denominado de quarta via não está descartado, resta saber quem estria disposto a encarar essa empreitada.
Jota Silva / Folha de Jataúba

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