Cenário de 1992 era mais adverso, comparam socialistas

No PSB, apontam João dentro do projeto, enquanto Eduardo foi “cumprir tarefa”
Foto: divulgação

No PSB, às vésperas de 2020, há ciência de duas coisas: o cenário, em 1992, quando Eduardo Campos disputou, sem sucesso, a Prefeitura do Recife, era mais adverso que o instalado hoje para João Campos e, ao mesmo tempo, registra-se que João está em fase mais madura e com um ano à frente do que o pai tinha naquele momento. A lembrança da década de 90 se dá, quando socialistas admitem que o argumento mais apresentado por adversários, hoje, para contestar a candidatura de João é a falta de experiência.

Um dos integrantes do PSB verbaliza sentimento que circula nas coxias. “Quando Miguel Arraes saiu do MDB e criou o PSB, fez aquela chapinha, levou mais cinco deputados federais com a sobra de voto. Eduardo foi para estadual. Eduardo ainda tava na metade do primeiro mandato e se lançou candidato a prefeito do Recife em 1992”, recorda Aluísio Lessa. E emenda: “Muita gente esquece desse episódio até para comparar a experiência de João Campos com a do pai. Ele tem um ano a mais do que Eduardo tinha em 1992”.

Outra fonte socialista realça que os contextos são “completamente diferentes”. Realça que, naquela ocasião, o rompimento de Arraes com Jarbas Vasconcelos se deu também em função da posição de Orestes Quércia, então presidente nacional do MDB, o que também acabou impulsionando a candidatura de Eduardo. “Quando Eduardo disputou a prefeitura, quem governava Pernambuco era Joaquim Francisco. Eduardo fazia oposição na Alepe e quem governava o Recife era Gilberto Marques Paulo, que tinha sido vice de Joaquim. Então, eram cenários desfavoráveis, mas Eduardo foi como uma marcação, porque não houve entendimento de Arraes e Jarbas”, retoma Lessa.

Outro governista, à coluna, destaca: “Eduardo foi para cumprir tarefa. João está dentro do projeto”. Com 2020 batendo à porta, as apostas do PSB em João Campos, antes mais suaves, vão se tornando mais nítidas, assim como o discurso de resposta à oposição, que tem múltiplas candidaturas ainda em jogo. “Isso é o principal motivo que muita gente alega, a falta de maturidade e a pouca experiência de João. A gente derruba isso aí”, conclui Lessa, referindo-se ao retrospecto.
FBC e a presidência do Senado
O assunto já circula nas coxias. Parlamentares já apontam o nome do senador Fernando Bezerra Coelho, líder do governo Bolsonaro na Casa Alta, como alternativa em potencial para suceder Davi Alcolumbre. Há quem defina, inclusive, a posição de Fernando, hoje, como “babá intelectual de Davi”, o que o cacifaria.
Sardinha> Fala-se que, diante do protagonismo da Câmara, Fernando trabalhou para “puxar a sardinha” para o Senado, em movimentos que, para alguns, soam “sintomáticos”.

Vínculos> Em meio a esse movimento, há quem observe, nos bastidores, que o deputado Fernando Filho, é muito ligado ao presidente Rodrigo Maia, muito em função de residir no Distrito Federal de forma permanente.

Fila> Nesse contexto, há quem aponte Fernando Filho como uma das alternativas do DEM que Maia poderia considerar para sua sucessão. O atual líder, Elmar Nascimento, estaria na fila, mas não fez o sucessor na liderança, o que lhe renderia alguma fragilidade.

Versões > No PSD, há quem relate, em reserva, que a expectativa interna era de que. André de Paula “retirasse a candidatura a prefeito do Recife”, ao contrário de rumores de rompimento com o PSB. André está no exterior.

Férias> A partir de segunda, estarei em breve período de férias. Aproveito para agradecer a colaboração de todos ao longo do ano e desejar um 2020 de boas notícias.

Por: Renata Bezerra de Melo/ Folha PE

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