Coronavírus faz Senado dispensar senadores e servidores com mais de 65 anos
A letalidade da doença é de 3,6% para pacientes entre 60 e 69 anos e chega a 14,8% para quem tem mais de 80. Dois senadores da atual legislatura têm mais de 80 anos –Arolde de Oliveira (PSD-RJ) tem 83 anos e José Maranhão (MDB-PB), 86. Trad viajou para os Estados Unidos no fim de semana passado na comitiva do presidente Jair Bolsonaro, grupo no qual há outros dois casos confirmados de coronavírus já confirmados.
Para os demais servidores e colaboradores fica suspensa a obrigatoriedade de registro eletrônico de frequência, devendo, quando possível, ser utilizada a modalidade de teletrabalho. Aposentados e pensionistas do Senado não precisarão fazer recadastramento com prova de vida. Este segundo ato também altera uma prática que o Senado vinha adotando e autorizada a utilização de copos descartáveis em todas as unidades administrativas da Casa. Por iniciativa própria, alguns parlamentares já determinaram teletrabalho em seus gabinetes.
Senadores têm procurado o presidente Davi Alcolumbre cobrando dele uma medida mais drástica, como a suspensão temporária das atividades do Congresso.
“Acho temerário manter as sessões até o dia 30 desse mês, período considerado o mais crítico”, diz o senador Angelo Coronel (PSD-BA). Por precaução, ele fez o teste de coronavírus e aguarda o resultado do exame. O parlamentar reclamou do valor que teve que pagar pelo atendimento em Brasília. “O governo precisa agir para tornar o exame para testar acessível à grande maioria povo brasileiro. Fiz hoje e paguei R$ 1.460”, afirmou.
Dos projetos prioritários elencados pelo ministro Paulo Guedes (Economia), a PEC é a que, aprovada, terá efeito mais imediato. A previsão é que o relatório que altera o texto original da PEC seja apresentado na próxima semana e votado no dia 25 na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).