De olho na disputa pelo Senado, PSB poderá ser a ‘nova’ casa de Miguel Coelho

Reprodução/Redes Sociais

 

Um expoente da política pernambucana, Miguel Coelho, é tido como um político promissor, com grande capacidade de articulação e faz parte de uma geração que cresceu nas entranhas da política. Filho do ex-senador Fernando Bezerra Coelho, Miguel Coelho destacou-se por sua gestão em Petrolina, promovendo investimentos em infraestrutura, educação e saúde, além de consolidar a cidade como um polo de desenvolvimento no sertão pernambucano.

Atualmente, Miguel preside o União Brasil em Pernambuco, partido este que caminha para uma federação com o Partido Progressista, que em Pernambuco é comandado por Eduardo da Fonte. O imbróglio dessa federação entre PP e União Brasil, interfere direto e indiretamente nos projetos de Da Fonte e Miguel, pois ambos almejam uma disputa por uma vaga no senado e estão em palanques diferentes. Em termos partidários, Da Fonte levaria uma certa vantagem sobre Miguel, pois caso se concretize a federação, Dudu ficaria com o comando da mesma em Pernambuco, o que forçaria Miguel Coelho a buscar um partido sólido que lhe ofereça estrutura para uma disputa majoritária.

Aliado de primeira hora do prefeito da cidade do Recife, João Campos, e de olho em uma sigla que lhe ofereça robustez para uma disputa ao Senado, Miguel poderá retornar ao PSB, partido pelo qual foi eleito deputado estadual, cargo que ocupou entre 2015 e 2016. Também foi pelo PSB que Miguel se elegeu prefeito em 2016 da maior cidade do sertão pernambucano, Petrolina. Em 2020 reelegeu-se prefeito de Petrolina, dessa vez pelo MDB, com uma votação expressiva. Em sua carta de pedido de desfiliação do PSB, Miguel citou que estaria mudando de sigla partidária pois seu conceito de política divergia da política praticada pelo PSB. “Pois bem, chegou a hora de mudar. Mudar não de ideias ou convicções, mas mudar de partido. Nos últimos anos, percebi que o conceito que tenho da política, infelizmente diverge da pregada pelo PSB, embora respeite”.

Parafraseando Magalhães Pinto, que também é citado na carta de Miguel, “política é como nuvem. Você olha e ela está de um jeito. Você olha de novo e ela já mudou.” Talvez a nuvem que levou, possa trazer de volta aqueles que outrora divergiam das convicções políticas praticadas a época.

Faltando pouco mais de um ano e meio para as eleições, muitas nuvens podem passar e mudar os atuais cenários. Aguardemos!

diogenesramos

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