Estados da Arte: lista de selecionados contempla artistas de 26 municípios
Sertão, Agreste e Zona Mata de Pernambuco estarão representadas na exposição, aberta ao público durante todo o São João
Os números demonstram a proporção do evento: 50 artistas, de 26 cidades de Pernambuco, tiveram obras selecionadas para participar da exposição ‘Estados da Arte: Uma cartografia da diversidade’, que acontecerá durante o São João 2025 de Caruaru. Foram escolhidos 32 artistas do Agreste, 12 do Sertão e outros seis da Zona da Mata de Pernambuco.
Do Agreste, por exemplo, há artistas de Caruaru, Bezerros e Garanhuns. Do Sertão, residentes em municípios como Serra Talhada, Triunfo e Petrolina. Enquanto que da Zona da Mata, de Carpina, Paudalho e Pombos. Alcançando uma das metas da exposição: reunir trabalhos produzidos em diferentes lugares, para demonstrar a pluralidade da arte pernambucana.
E, se estamos falando em pluralidade, a Estados da Arte demonstra muita preocupação com este aspecto. Em relação aos suportes artísticos, por exemplo, a exposição será composta por obras de escultura em cerâmica, fotografia, gravuras, até mesmo grafites, pintura, ilustrações digitais e performances (presenciais e em vídeo), além de outros suportes tradicionais e contemporâneos.
Ocupando um dos galpões da antiga Estação Ferroviária de Caruaru, no Centro, com demonstrações diversas do que é produzido no Estado. É isso que destaca o coordenador da exposição Estados da Arte, Humberto Botão. “Foi uma seleção muito difícil. Foram quase 400 trabalhos inscritos, de todo o interior do Estado. E todos, sem exceção, são muito bons”, observa.
Um dado importante: 22 artistas selecionados (44% do total) se identificam como pretos ou pardos. Também há artistas indígenas. “Estou muito confiante que nós teremos uma exposição Estados da Arte com bastante simbolismo, diversidade, democracia, dentro de um processo de representatividade”, complementa Humberto Botão.
Todo o processo de seleção foi feito por uma comissão curatorial, composta por: Carlos Lima, Rebecca França e Fykyá Pankararu. Os três possuem diferentes vivências e experiências no universo das artes, e estabeleceram um diálogo para compor a lista dos selecionados. Buscando, claro, perceber as obras que mais dialogam com o tema da exposição.
Outras informações, como os nomes dos artistas, das obras e detalhes sobre a diversidade dos trabalhos selecionados, estão disponíveis no perfil da Círcullus, no Instagram (@circullusdeideias). Lá também é possível encontrar outros dados sobre a representatividade regional e aspectos sobre dos selecionados para a exposição.
CONVIDADOS – Além dos 50 artistas aprovados na seleção pública, a exposição também evidenciará a produção de outros seis convidados. A maioria deles integra comunidades de povos originários (a exemplos dos Pankará, de Carnaubeira da Penha, ou mesmo os Pankararu, do município de Tacaratu) ou tradicionais (como é o caso do Quilombo Tiririca).
ESTADOS DA ARTE – A intervenção busca chamar a atenção para o fato de que as mudanças entre as três grandes regiões pernambucanas mencionadas, Sertão, Agreste e a Zona da Mata, vão muito além das questões geográficas. E, na verdade, também refletem a diversidade que compõe o Estado e se espelha nas manifestações artísticas encontradas em cada uma delas.